Games - Game Boy Advance
Dragon Ball Z The Legacy of Goku
Estilo: Rpg-Ação
Data: Maio, 2002
Developer: Infogrames
Após o lançamento do péssimo game Dragon Ball: Final Bout para
Playstation em 21 de Agosto de 1997, Goku e companhia pareciam ter se
aposentado oficialmente do mundo dos games. Mas devido ao grande sucesso do
anime no Ocidente, o retorno dos famosos lutadores aos consoles era
mais do que certo. Após longa espera, o primeiro console a
recebê-los foi o Game Boy Advance, com o jogo Dragon Ball Z: The
Legacy of Goku. Mas será que a espera valeu mesmo a pena? Sinceramente, não. O
jogo decepciona bastante. The Legacy of
Goku é, no máximo, um jogo medíocre. O jogo parece até ser
para Game Boy Color, e não para o GBA! Apesar dos personagens
estarem bem parecidos com os do anime, o jogo peca nos cenários,
muito repetitivos.
Segundo a Infogrames (atual ATARI), o jogo se enquadraria no gênero RPG de
ação aquele em que os combates são em tempo real, e não
por turnos (estilo Zelda). Mas não passa de um RPG de
mentirinha. Existem poucos elementos de RPG. Goku acumula pontos
de experiência e sobe de nível, mas esses aumentos de níveis
são quase imperceptíveis, pois é preciso jogar muito para
perceber que Goku ficou um pouco mais rápido, mais forte ou mais
resistente. Também não existem itens para uso em combate,
apenas itens de recuperação de HP e outros que são usados para
resolver certas tarefas (como o item para voar, que tem tempo
curtíssimo de uso).
As aventuras paralelas
beiram o cúmulo do ridículo, não pelo fato de serem fáceis de
serem realizadas (o que não deixa de ser), mas por serem
simplesmente fora da realidade de Dragon Ball. Onde já se viu
Goku tendo que matar, a pedido de ChiChi, "cobrinhas" que
invadiram o quintal de sua casa? Chega a ser deprimente ver Goku
pulverizando "cobrinhas" com seu KameHameHa. E por falar em
poderes/ técnicas, no jogo temos somente 3 técnicas, contra as centenas de
técnicas existentes no anime. São elas: Ki Blast, Solar Flare e KameHameHa. O
primeiro é uma bola de fogo, o segundo são quatro bolas de energia e o terceiro
é um raio. Em termos gráficos, essas técnicas são tão insignificantes
visualmente que os sprites de ataques e magias dos jogos de Dragon Ball para o
NES! E isso não é exagero, já que
nenhuma destas técnicas tem o apelo visual do anime.
Mais defeitos? O jogo é
totalmente linear. É só circular pelo local onde está, descobre
o que tem de ser feito, faz e pronto. Além disso, a
movimentação só ocorre em linhas retas: para cima, para baixo,
para a esquerda e para a direita. Parece que os programadores se
esqueceram de que em um jogo do tipo, as diagonais são
essenciais. Sem falar no bug que faz com que Goku pare de andar
do nada, mesmo que seja mantido o direcional pressionado. Esses
defeitos comprometem demais com a jogabilidade, prejudicando
totalmente seu desempenho durante as batalhas. Quanto as
batalhas, não é preciso estratégia alguma para derrotar
qualquer inimigo no game. É só atrair o inimigo para a sua
área de alcance, atacar, fugir e repetir até derrotá-lo.
Gostaríamos também de saber aonde é que os programadores da Infogrames estavam com a cabeça ao colocar
"esquilos" e
"lobinhos", como inimigos em um jogo de Dragon Ball!! E o pior
é entender como eles resistem a uma rajada de KameHameHa (por
mais fraca que seja). E o mais intrigante ainda é entender COMO
um "lobinho" consegue arrancar quase que 1/3 de HP do personagem
mais forte do universo de Dragon Ball! Para completar, o tempo total de jogo é
muito curto, podendo concluí-lo em cerca de cinco
horas.
Será que não existe nada que presta no jogo então? The Legacy
of Goku possui um storyline (com exceção das aventuras
paralelas) semelhante ao da série. As seqüências de animação
no estilo do anime são interessantes, mas só rolam na
apresentação e no final do jogo (o que também não são lá
grande coisa, pois estão em baixíssima resolução). Além
disso, o jogo conta com algumas músicas conhecidas pertencentes
a série (mas a música em geral do jogo é uma droga).
Finalizando, a nova aventura de Goku no GBA só é indicada para
quem é fanático por Dragon Ball Z. E bota fanático nisso.
Só para que tenham mais ódio: NENHUM PERSONAGEM SE JUNTA A GOKU NA AVENTURA!!!!
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Dragon Ball Z Collectible Card Game
Estilo: Card-Game
Data: 12 de Junho de 2002
Produtora: Infogrames
Um jogo de
cartas eletrônico, com um visual duvidoso, música decadente e jogabilidade
maçante. Esse é Dragon Ball Collectible Card Game (CCG), que disputa o cargo de
pior jogo de Dragon Ball Z já lançado.
A Infogrames (atual ATARI), na tentativa de agradar os card gamers tradicionais
de DBZ, decidiu criar um jogo que atendesse a esse público. Infelizmente, só
ficou na tentativa. É inevitável a comparação de CCG com Pokémon TCG ou mesmo
com SNK vs Capcom - Card Fighters Clash, só que ambos os games tinham um meio
bem mais simples de mostrar o esquema de turnos e todo o processo restante, bem
diferente de CCG, que exige muito trabalho para ser "dominado", principalmente
para aqueles que nunca jogaram um jogo de cartas e principalmente se tiver
paciência para tal. E para complicar mais ainda, o jogo é absurdamente difícil,
por mais que se use todas as cartas possíveis, ataque, defenda, etc., a CPU
literalmente rouba de quem estiver jogando, seja ele um "profissional" em card
game ou não.
Os gráficos também deixam muito a desejar. Apesar das imagens estáticas dos
personagens e das cartas serem respectivamente fiéis as da série e do card game original, os gráficos basicamente resumem-se apenas a essas imagens sem vida.
Por mais que um card de verdade não tenha animação, outros fatores como
imaginação e ação são determinantes para a diversão do mesmo. Já em um card game eletrônico como CCG, animações, por mais simplórias que elas fossem, são
necessárias para criar tal ambiente. Infelizmente, isso não existe em CCG. As
"animações" das batalhas resumem-se a um card de ataque que por ventura tenha um
valor mais alto que o outro, chocando-se com o de menor valor, causando um
tremelique tosco na tela e um efeito avermelhado que significa que o card de
menor valor sofreu algum dano. Extremamente monótono e dispensável. O pior é que
o jogo inteiro desenrola-se em apenas três telas básicas (Menu, Ataque/ Defesa e
Status), nada de lugares, arenas ou cenários característicos da série.
A música e os efeitos sonoros também são uma porcaria, extremamente mal
trabalhados, fora a falta de diversidade da mesma, principalmente nas batalhas
que duram horas com a mesma música. Preferível jogar sem som. Ou melhor, não
jogar.
A maior complicação e defeito do jogo são as próprias cartas. Cada carta contém
um símbolo que deveria indicar sua utilidade (Defesa, ataque, aditivo etc.), mas
constantemente ocorre de se usar uma determinada carta para uma ação qualquer
(defesa por exemplo) e depois essa mesma carta não exerce a mesma utilidade na
qual foi usada. Sem contar com os sub-grupos que as cartas são divididas. Em um
determinado momento, tem-se uma carta na situação de "combatente" e de repente
essa mesma carta aparece "misteriosamente" no sub-grupo "não combatentes", fora
que o TUTORIAL do jogo é inútil, explicando apenas o óbvio. Por mais que isso
seja alguma falta de atenção ou de domínio do jogo, a verdade que o jogo é
complicado demais para garantir qualquer tipo de diversão, visto que ele não
possui nenhum atrativo para ser jogado. Um card game tradicional é bem mais
interessante, já que é possível criar suas próprias regras e não seguir a regra
imposta e até então desconhecida dos programadores desse game.
Em suma, CCG é um jogo medíocre, sem nenhum atrativo que o faça ser jogado (as
imagens dos cards não valem o sacrifício), sem ação, sem animação e o pior de
tudo, sem uma história, por mais medíocre que fosse.