Dragon Ball Z Ongakushuu (“Coleção de Músicas de Fundo”) – Comentários dos Produtores

Dragon Ball Z Ongakushuu (“Coleção de Músicas de Fundo”)

Volume 1 (21 de agosto de 1992)

COMENTÁRIO DE KOUZOU MORISHITA:

Graças a todos os fãs, a transmissão de Dragon Ball na televisão ultrapassou constantemente as taxas de audiência de 20% e conseguiu entrar em seu sétimo ano, mantendo-se tão popular como sempre. E os filmes, contando aquele que estreou neste verão, já somam dez no total.

Um dos principais fatores por trás dessa popularidade é a música do Sr. Shunsuke Kikuchi, que traz à vida vários conceitos da obra original.

No trabalho original escrito pelo Sr. Akira Toriyama, temos muitos personagens peculiares, uma tonelada de cenas de ação em ritmo acelerado e desenvolvimentos de história inesperados, para não mencionar um monte de risos e lágrimas. E para transmitir essas cenas com precisão, a música é algo imprescindível.

Dragon Ball entrou em seu sétimo ano. O Sr. Shunsuke Kikuchi já compôs bem mais de 300 peças para este anime. Ter tantas peças e tanta abundância de temas, mesmo entre os inúmeros programas de animação que estão no ar, é nada menos que surpreendente.

Quando eu entrei na Toei Animation, alguém estava constantemente cantarolando o verso “Na selva do tapete branco…” na sala de funcionários. Esse foi um verso de Tiger Mask, o mais feroz dos animes de esportes ardentes, e o primeiro com o qual me envolvi na Toei Animation, como assistente de direção. E seu compositor foi ninguém menos que o Sr. Shunsuke Kikuchi.

De um encontro fatídico, tive a chance de trabalhar junto a ele em várias produções, como Getter Robo, Grendizer, assim como Danguard Ace, e acabei me tornando o maior fã de tudo que o Sr. Kikuchi trabalhou. Agora que o álbum Dragon Ball Z BGM foi lançado, ninguém poderia estar mais feliz do que eu.

Produtor da Toei Animation

Kouzou Morishita

 

NOTAS:

1 – Este artigo é uma tradução do panfleto interno, que vinha no lançamento da primeira coleção de músicas de fundo da série Dragon Ball Z, incluindo um comentário introdutório do, até então, produtor da Toei Animation, Kouzou Morishita, que elogia as músicas e sua colaboração com Shunsuke Kikuchi

2 – O Dragon Ball Z: Ongakushuu Vol. 1 foi lançado em 21 de agosto de 1992, que é de fato o sétimo ano da transmissão do anime de TV de Dragon Ball, que foi ao ar pela primeira vez em 26 de fevereiro de 1986, e logo após a estreia do sétimo filme do Z (Filme 7 – O Retorno dos Androides), que, contando os três filmes de Dragon Ball que vieram antes da era “Z”, é realmente o décimo filme no geral.

3 – Kouzou Morishita foi, posteriormente, Presidente do Conselho da Toei Animation

 

 

Volume 2 (01 de maio de 1993)

COMENTÁRIO DE HIRUTA SEI’ICHI:

A Música Emocionante de Dragon Ball Z

por Hiruta Sei’ichi, produtor da Toei Animation Co., Ltd.

No início deste ano, em 28 de janeiro, na sala de reuniões do TAVAC Studio em Shinjuku, entre duas latas de chá Oolong, houve uma sessão de resumo detalhado entre Kikuchi-sensei e o diretor (Shigeyasu) Yamauchi. (Por que o chá Oolong, você pergunta? Não é porque estávamos prestando atenção especial à nossa saúde ou algo assim; foi apenas porque nosso café local fechou devido a um aumento acentuado nos preços dos terrenos…)

“Então, para esta peça, uma vez que será tocada durante a cena em que o Sr. Kaioh está sentindo perigo devido à destruição da Galáxia do Sul, por favor, não use uma melodia sombria, mas sim uma pesada.”

“Não sombrio, mas pesado…? Sem algo mais concreto, é meio difícil de imaginar… Você poderia ser um pouco mais específico?”

“Hum, então… eu quero algo com uma atmosfera solene e opressiva, mas que não pareça muito sombria.”

“…”

Antes de termos a filmagem, tentar imaginar a primeira cena apenas com os storyboards é muito difícil. É como, por exemplo, tentar imaginar a paisagem de um lugar onde você nunca esteve apenas por um mapa. Ter que dizer a alguém para compor música começando desse jeito é algo extremamente árduo.

Dito isso, no mundo de Dragon Ball Z, depois que Goku conseguiu, Vegeta, Trunks e finalmente Gohan também alcançaram a transformação Super Saiyajin e continuarão enfrentando batalhas cada vez mais difíceis, mas não importa quantos desenvolvimentos dolorosos se desdobrem e quantas grandes e ferozes batalhas continuem ocorrendo, a fim de não perder a indispensável, mas ao mesmo tempo empolgante despreocupação pela qual Dragon Ball Z é conhecido, a música de Kikuchi-sensei desempenha um papel extremamente importante.

Isso é verdade em especial para o filme mais recente (Filme 08 – Broly, o Lendário Super Saiyajin). Quando eu vi o filme completo pela primeira vez, desde as travessuras do Mestre Kame e as bobeiras de Oolong até a trágica vingança de Paragus e a maldade de Broly, chegando ao quão maneiro é o Goku, conseguimos capturar muito do que torna Dragon Ball Z o que é, em uma sucessão surpreendente.

(Embora naquela cena inicial com o Sr. Kaioh, eu acabei balançando a cabeça profundamente, enquanto inconscientemente sorria para mim mesmo.)

Tanto com filmes quanto com música, é realmente especial quando você tem algo que sempre vai te deixar animado, não importa quantas vezes você os experimente, não é?!

 

HISTÓRIA:

A estação é primavera. Enquanto Gohan está desfrutando de um passeio para observar as flores com o Mestre Kame, Kuririn, Trunks, Oolong e Vegeta sob as árvores de flores de cerejeira totalmente floridas, um Saiyajin de repente chega. Seu nome é Paragus e ele costumava trabalhar com o pai de Vegeta. Ele veio porque estabeleceu um novo planeta Vegeta e quer dar as boas-vindas a Vegeta como seu novo rei. Mas ele também avisa que o novo planeta está agora em perigo devido ao aparecimento do Lendário Super Saiyajin. Apesar de não mostrar interesse em ser o rei do novo planeta, a alma competitiva de Vegeta não consegue se conter quando ouve falar do “Lendário Super Saiyajin”, e então, ele segue Paragus. Trunks e os outros os seguem com pressa e embarcam na espaçonave Saiyajin, que então parte para o Novo Planeta Vegeta.

Enquanto isso, a pedido de Sr. Kaioh, Goku está procurando o ki do Lendário Super Saiyajin, que tem estado furioso por todo o espaço sideral, a fim de derrotá-lo. Ao fazer isso, ele involuntariamente chega ao Novo Planeta Vegeta e se reúne com Gohan, Trunks e os outros. Eles contam um ao outro o que os levou até lá e sua desconfiança por Paragus cresce. O planeta que supostamente teria sido estabelecido era apenas uma encenação e, na verdade, não era nada mais do que um planeta desolado; e assim, a sensação de que Paragus estava escondendo algo importante deles foi crescendo.

Na verdade, Paragus e seu filho Broly abrigam um passado doloroso e sombrio. A verdade é que, com medo do poder de batalha do recém-nascido Broly, o Rei Vegeta ordenou a eliminação de Paragus e de seu filho. Desde então, Paragus guardou rancor e esperou por sua chance de se vingar do filho do Rei Vegeta, reivindicando sua vida. E Broly era o Lendário Super Saiyajin o tempo todo. Através do uso de um controlador, Paragus conseguia controlar um pouco o seu filho, que tinha um poder de batalha grande o suficiente para destruir o Universo inteiro, mas desde que Goku apareceu, o controlador parou de funcionar. O que estava estimulando Broly não era outra coisa senão o ki de Goku. Broly então mostra sua verdadeira forma como Lendário Super Saiyajin. Agora, não há quem possa parar o furioso Broly. Vegeta apenas fica parado, pasmo. Apesar de levar uma surra, Goku, Gohan e Trunks lutam contra o Lendário Super Saiyajin, Broly… Goku será capaz de superar este poderoso inimigo…?

Obs: Esta seção, presente no livreto após o comentário de Hiruta, provavelmente não foi escrita pelo próprio Hiruta, mas por um membro anônimo da equipe envolvida na produção do CD. Estamos apresentando aqui para fins de integridade.

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