Criador de Black Cat, Kentaro Yabuki, fala sobre o impacto que Dragon Ball teve na sua infância. Entrevista e ilustração foram publicadas na “Dragon Ball Children Volume 7” em junho de 2003. Confira tradução:
“Você se lembra de mim?”
“Claro que me lembro de você! Você é Vegeta-Yabuki!!”
Essa foi uma conversa que aconteceu no meu terceiro ano do ensino médio, entre eu e um amigo do ensino fundamental do qual não ouvia falar há anos. Durante o ensino fundamental e médio, mudei de escola três vezes devido ao trabalho dos meus pais, de Okayama a Kochi, de lá a Kitakyushu e depois de volta a Okayama. Ele era um amigo de quando eu estava em Kochi, e por algum motivo, sua impressão mais forte de mim foi aparentemente que eu era bom em desenhar Vegeta.
Desde o ensino fundamental, eu usava o meu tempo livre apenas para desenhar. E as coisas que eu sempre desenhava eram Goku, Vegeta ou Freeza… Personagens de Dragon Ball, que eu adoro. Uma vez que eu conseguia inventar personagens assim de cabeça, eu desenhava um mangá original de Tenkaichi Budokai e fazia Goku lutar contra um dos personagens que eu tinha invetado. E, o vencedor era sempre Goku. Pensando bem, tudo o que eu aprendi sobre desenhar mangá, desde as técnicas de expressão até a divisão dos painéis, eu devo tudo a Dragon Ball. Se não fosse por Dragon Ball, talvez eu nunca quisesse me tornar um mangaká. Mais do que tudo, Dragon Ball me ensinou “a alegria de desenhar mangás”.
Falando nisso, minha estréia no Jump não foi com meu próprio mangá, mas sim com Dragon Ball. No final do meu terceiro ano no ensino médio, houve uma promoção “Concurso de Fusão” na Jump, onde você tinha que criar um personagem original usando dois personagens de Dragon Ball fusionados. Eu fusionei meus personagens favoritos na época, Gohan adolescente e Trunks adolescente, para criar um personagem chamado “Gohanks”; Eu desenhei uma ilustração e enviei. Então, recebi um prêmio chamado “Prêmio Legal” (heh), e ele era relativamente grande nas páginas coloridas da Jump. Essa experiência realmente me emocionou.
Isso aconteceu há oito anos, mas mesmo hoje, onde eu trabalho, ainda tenho várias figurinhas de Goku e companhia que colecionei na época. Quando me canso de desenhar meu próprio mangá, eu desenho coisas como Cell e Freeza no estilo de Toriyama nas margens do meu caderno. Ao fazer isso, me sinto estranhamente animado e recebo mais energia. Nada mudou desde o ensino fundamental. Eu acredito que continuarei desenhando mangás.